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5 dicas para reduzir seu tempo de tela

5 dicas para reduzir seu tempo de tela

A preocupação com o uso excessivo de celulares e computadores existe há mais de uma década, porém, foi durante os anos de pandemia que esse debate tomou uma maior intensidade. Com a necessidade do isolamento social e o aumento do uso de telas para tarefas escolares, de trabalho, e também para o lazer, foi impossível não ter ficado mais conectado. De acordo com o estudo “Tendências de Social Media 2023” da ComScore, entre 2020 e 2022 houve um aumento de 31% do tempo médio que os brasileiros passam nas redes. A média já chega a 46 horas mensais, emplacando o Brasil como o 3º maior consumidor de redes sociais de todo o mundo! 

Não é difícil ouvir relatos de pessoas que “só foram olhar as horas no celular e perceberam que ficaram horas rolando infinitamente nas redes sociais”. Segundo o Psiquiatra Cristiano Abreu, enquanto no resto do mundo o uso diário médio do celular gira em torno de 6h30, no Brasil a média já chega a mais de 9h (isso seria equivalente a quase 142 dias por ano). Reforçando essa fala, a pesquisa “Digital 2024:Global Overview Report” da DataReportal, feito pela plataforma Electronics Hub, mostra que o Brasil é o 2º país com mais pessoas em frente às telas; são cerca de 56,6% das horas acordadas dedicadas a isso.

No entanto, reduzir o tempo de tela não é apenas uma questão de “desligar o celular”, mas de reencontrar um equilíbrio saudável entre o virtual e o real. Inclusive, foi com esse intuito que publicamos Recomendação de uso de celulares nas Unidades Escoteiras Locais, para delimitar essa pausa saudável com o mundo digital.

Mas como aplicar isso no seu dia-a-dia? 

Recordar momentos pela tela pode ser uma forma de eternizar memórias!

Separamos 5 maneiras de fazer pausas tecnológicas e se conectar consigo mesmo:

1. Mantenha-se em movimento

Quer aliviar o estresse ou evitar (e até diminuir!) dores nas costas após horas olhando para o celular ou computador? Mexa-se! Pode ser uma caminhada ao ar livre ou até uma ida rápida a outra sala para buscar água ou café. Esticar braços e pernas e desviar o olhar das telas ajuda a aliviar o cansaço, dores musculares e até mesmo dor nos olhos e de cabeça. 

Programe pequenas pausas ao longo do dia, se precisar, coloque um alarme para se afastar de tempos em tempos.  Você não precisa esperar até as atividades escoteiras de sábado para isso! 

Transforme essas pausas em pequenas aventuras: pratique um nó, teste sua bússola, planeje sua próxima trilha, revise o código Morse ou simplesmente escute os sons ao seu redor. O espírito escoteiro não se limita ao sábado — ele vive em cada escolha que você faz! 

E, caso você ainda não seja escoteiro, veja aqui o que precisa para se tornar um!

2. Pausa sensorial

Essa dica leva menos de cinco minutinhos e é perfeita para se reconectar com o ambiente ao seu redor! Esse é um breve exercício de Mindfullness (em tradução livre: “atenção plena”), técnica meditativa que ajuda a focar no aqui e agora, sem julgamentos:

  • Deixe o celular ou laptop de lado e respire fundo três vezes. Expire devagar pela boca.

Depois, observe em silêncio:

  • Quatro coisas que você pode ver
  • Três coisas que você pode ouvir
  • Duas coisas que você pode cheirar
  • Uma coisa que você pode tocar ou sentir

Faça um breve alongamento e prontinho! 

Já para descansar os olhos, uma das estratégias mais recomendadas pelos especialistas é a regra 20-20-20. Essa técnica consiste em fazer uma pausa a cada 20 minutos de uso da tela e olhar para algo a 20 pés (aproximadamente 6 metros) de distância por pelo menos 20 segundos.

3. Substitua o tempo de tela por outra atividade

Pode ser que inicialmente você não queira reduzir seu tempo no celular, pois as distrações oferecidas por ele são melhores do que outras atividades que você consiga pensar; mas conforme fala da psiquiatra Smita Das, da American Psychiatric Association, “Reconhecer os benefícios de limitar o uso do aparelho é importante para conseguir desenvolver e manter a motivação para a mudança”.

Segundo a psicóloga Lynn Bufka, da American Psychological Association, mudanças de comportamento são mais bem sucedidas quando substituímos um hábito antigo por outro; assim, pense em três coisas que você pode fazer ao invés de passar esse tempo no celular (pode ser ler um livro, arrumar algo na casa, aprimorar um hobbie ou uma habilidade…) e coloque em prática.

Dentro do Escotismo, você tem centenas de opções de especialidades que pode escolher e se aventurar! Veja nossa lista com todas elas o que é necessário para conquistar esses distintivos!

4. Defina momentos e lugares de desconexão

Definir horários específicos, como durante as refeições ou à noite, para ficar longe do celular é uma ótima maneira de reduzir o tempo de tela. Outra estratégia é estabelecer limites físicos, evitando o uso do telefone em espaços compartilhados com a família em certos momentos do dia. 

Uma forma lúdica de colocar isso em prática é empilhar os telefones em cima da mesa (ou colocá-los em uma caixa) e o primeiro que pegar, terá que — por exemplo — lavar a louça de todos.

Outro jeito de evitar ficar olhando o celular é não levá-lo em certos lugares. Que tal ir na sua próxima reunião escoteira sem ele?

5. Use a tecnologia a seu favor!

Curiosidade: seu próprio celular pode te ajudar a usá-lo menos!

No Android, o app “Bem-estar Digital” e, no iPhone, o “Tempo de Uso” mostram quantas horas você passou no aparelho e detalham o tempo gasto em cada aplicativo. Você pode se surpreender ao perceber quantas vezes abre as redes sociais sem pensar. 

Com esses dados você terá uma visão mais realista de quanto tempo acaba perdendo sem perceber; aqueles minutinhos de rolagem viram horas ao longo da semana! A partir disso, defina uma meta SMART (específica, mensurável, atingível, relevante e temporal) para diminuir seu tempo de tela.

A metodologia SMART foi criada pelo executivo George T. Doran, porém, foi Peter Drucker quem a popularizou com a noção de “Gestão por Objetivos”

Veja como fazer isso no exemplo abaixo: 

  • Específica: Diminuir o uso diário de redes sociais e jogos.
  • Mensurável: Reduzir o tempo de tela em 30 minutos por dia ao longo das próximas 4 semanas.
  • Atingível: Começar removendo notificações desnecessárias e criando uma rotina com uma hora diária reservada para atividades offline (leitura, exercícios, hobbies).
  • Relevante: Melhorar a qualidade de vida, aumentar o foco nos estudos, cultivar novos hobbies e conseguir aumentar o nível de sua especialidade escoteira durante o ano (não em uma semana ou um mês! Afinal, isso leva tempo e esforço!). 
  • Temporal: Atingir a meta de 2 horas a menos usando o celular/notebook por dia em 30 dias, acompanhando o progresso semanalmente pelo app de bem-estar digital. Avançar um nível na especialidade escoteira usando esse novo tempo livre. 

Se ainda for difícil, experimente apps de “detox digital” ou aproveite recursos das próprias redes sociais, como o “Faça uma pausa” do Instagram e Facebook ou o “Pausas no tempo de tela” do TikTok.

Lembre-se: a tecnologia é uma aliada incrível para aprender, se conectar e se divertir, mas encontrar o equilíbrio entre o online e o offline é essencial para uma rotina saudável. 

Conecte-se com o que realmente importa: você, sua saúde física e mental, as pessoas ao seu redor e a natureza. 

A vida acontece no agora!


REFERÊNCIAS:

Condecorações: a história de Maria Pérola Sodré

Maria Pérola Sodré foi a integrante viva mais antiga da história do Escotismo brasileiro, chegando aos 97 anos antes de seu falecimento em 2019. Natural de Niterói, sua trajetória é uma fonte de inspiração, tanto pelo seu incansável trabalho na difusão do Escotismo quanto por sua atuação na coordenação do atendimento às vítimas do incêndio do Gran Circus Norte-Americano, tragédia que abalou a cidade em 1961 e vitimou centenas de pessoas.

Mas, para contar sua história, voltemos ao início.

Nascida em 1922, cresceu em um lar profundamente ligado ao Escotismo. Seu pai, o Almirante Benjamin Sodré, era escoteiro; sua mãe, bandeirante; e até seu cunhado e cunhadas faziam parte do movimento. Desde cedo, seguiu esse caminho, ingressando na Federação de Bandeirantes em 1927.

Guiada pelo pai — autor do Guia do Escoteiro (1925), pioneiro da União dos Escoteiros do Brasil e reconhecido como o “Escoteiro nº 1” do país —, Maria fortaleceu ainda mais seus laços com a cultura escoteira. A influência paterna foi decisiva em sua conexão com a fundação do Grupo Escoteiro do Mar Gaviões do Mar (4°/RJ), em Niterói.

Em 1937, a Marinha cedeu a Ilha da Boa Viagem aos Escoteiros do Brasil, nomeando o Almirante Sodré como guardião. Após sua morte, Maria assumiu a tutela da ilha, que marcou sua infância, dedicando décadas ao seu cuidado e preservação.

Tornou-se chefe do movimento bandeirante em 1940. Carinhosamente apelidada de Gaivota Branca, foi presidente de honra do 4º/RJ Grupo Escoteiro do Mar Gaviões do Mar e dedicou décadas à formação de novas gerações. Entre as décadas de 1960 e 1990, dirigiu cursos de formação em todo o Brasil, além de atuar como Conselheira Distrital. Seu comprometimento era tão notável que chegou a liderar oito alcateias simultaneamente, sendo aclamada como Akelá Líder.

Uma de suas atuações mais marcantes ocorreu em 1961, quando assumiu um papel fundamental no atendimento às vítimas do incêndio do Gran Circus Norte-Americano, ocorrido em 17 de dezembro daquele ano. A tragédia, considerada o incêndio com maior número de óbitos já registrado no Brasil, durou apenas dez minutos, mas deixou um saldo devastador: 503 mortos, segundo estimativas oficiais, sendo sete em cada dez vítimas crianças.

O jornalista Mauro Ventura, autor do livro O Espetáculo Mais Triste da Terra — O Incêndio do Gran Circo Norte-Americano, destacou a dimensão da catástrofe: “Jamais tantos brasileiros morreram em tão pouco tempo e no mesmo lugar.”

O trabalho de Paulo Knauss, A cidade como sentimento: história e memória de um acontecimento na sociedade contemporânea — o incêndio do Gran Circus Norte-Americano em Niterói, 1961, apresenta entrevistas de Maria Pérola Sodré, que, na época, liderava o grupo de escoteiros e lobinhos na cidade. Em seu depoimento, ela relembra a organização do grupo para mobilizar doações de sangue e coordenar diversas ações voluntárias, como levar brincadeiras às crianças internadas e arrecadar medicações e outros insumos essenciais.

O Estado de S.Paulo, 20/12/1961 – Estadão Acervo 05/10/2017

Em um dos relatos, Maria Pérola descreve a intensidade do trabalho realizado:

“Chegava muito remédio, então tinha que separar os objetivos de cada remédio… O pessoal recolhendo gelo na rua, recolhendo doações na rua, batia nas casas pedindo lençol, ventilador…”

Além disso, Maria Pérola Sodré atuou por quase dois anos organizando o trabalho voluntário, praticamente gerenciando o hospital que havia sido fechado após a tragédia. Ela também fundou o único grupo de escoteiros do mar a funcionar dentro de um hospital, um feito único até hoje.

Em um relato sobre esse período, Maria Pérola compartilhou:

“Deixei o hospital no dia em que o último menino recebeu alta, um ano e meio depois do incêndio. Sou professora e, na época, dividia meu dia entre os afazeres em casa, a escola e o Hospital Antônio Pedro. […] Nosso maior objetivo era amenizar o sofrimento das vítimas e ajudá-las a superar a tragédia. Por isso, criamos o grupo escoteiro lá dentro mesmo. Lembro que eu levava um pequeno barco de madeira, uma bacia com água e boias para simular os exercícios que deveriam ser feitos no mar.” (Entrevista a Diego Barreto, jornal O Globo, 10/12/2011).

As paredes brancas e intimidantes do hospital deram lugar a uma verdadeira sede escoteira, decorada com símbolos e até com a bandeira hasteada. Os pacientes, muitos com os pulmões comprometidos pela fumaça, receberam apitos e aprenderam o código Morse. O simples ato de assoprar, necessário para se comunicar, também ajudava no descongestionamento das vias respiratórias sem que os pacientes percebessem. Além disso, usaram o sistema de semáforo (alfabeto sinalizado com bandeiras amarelas e vermelhas) para se comunicarem entre si, praticando uma forma lúdica de recuperação.

Apesar de todo o grandioso trabalho realizado, Maria Pérola afirmou:

“Ali nós cumprimos a nossa missão. Porque o lema do lobinho, que é a criança de sete a onze anos, é: ‘o melhor possível’. Tudo o que ele faz, tem que ser o melhor que ele pode…”

No fim da década de 1980, Maria Pérola se desligou das funções diretivas nacionais, sendo agraciada com o título de Formadora Emérita. Continuou como diretora ativa do Grupo Escoteiro do Mar Gaviões do Mar até 2009, quando passou a ser presidente de honra. Mesmo com 96 anos, ela ainda recebia reuniões de chefes em sua residência e participava de representações e festividades, demonstrando o compromisso que tinha com o movimento.

Professora de matemática por profissão, aposentou-se “por força do Estado”, como costumava dizer, mas sua energia e dedicação não a impediram de atuar em várias outras áreas. Ao longo de sua vida, recebeu inúmeras honrarias de diferentes grupos, incluindo os Escoteiros, a Marinha do Brasil, o Município de Niterói, o Rotary Club, a Universidade Federal Fluminense e a Igreja Católica do Rio de Janeiro. Também foi a segunda mulher a receber o Tapir de Prata, a mais alta condecoração dos Escoteiros do Brasil.

Sua trajetória inspiradora é eternizada não apenas na memória de quem teve o privilégio de conviver com ela, mas também por meio de uma honraria especial que leva seu nome: a Medalha Cruz de Valor Maria Pérola Sodré.

O que é a Medalha Cruz de Valor Maria Pérola Sodré e quem pode recebê-la?

Para reconhecer e agradecer os serviços prestados ao Escotismo, os Escoteiros do Brasil estruturaram um sistema de reconhecimento composto por três categorias principais:

  • Elogios: Sempre feitos por escrito, servem para expressar gratidão por ações ou apoios significativos, mas que ainda não justificariam a concessão de um Diploma de Mérito ou de uma condecoração.
  • Diplomas de Mérito: Destinados a pessoas ou entidades que prestaram serviços relevantes ao Movimento Escoteiro, como apoio a grandes eventos, doações ou cessão de instalações. Geralmente, são concedidos àqueles que já receberam Elogios Escritos, como forma de reconhecimento e incentivo. Existem três tipos: Local, Regional e Nacional.
  • Condecorações: Representam a mais alta forma de apreço e gratidão do Escotismo. São destinadas a indivíduos ou entidades que demonstraram dedicação excepcional, coragem e altruísmo em ações notáveis. Essas honrarias buscam preservar a memória de feitos extraordinários com imparcialidade e rigor.

Dentro desse sistema de reconhecimento, a Medalha Cruz de Valor Maria Pérola Sodré é uma condecoração exclusiva para membros juvenis do Movimento Escoteiro.

Seu objetivo é reconhecer ações de grande relevância e destaque nos campos das ciências, cultura e esportes, tanto em nível nacional quanto internacional. Para serem consideradas, as ações devem ter uma projeção e impacto reconhecidos amplamente. Dessa forma, iniciativas restritas ao âmbito municipal ou estadual não se qualificam para a concessão da medalha.

Ainda parece abstrato? Em breve, compartilharemos histórias inspiradoras de pessoas que receberam essa honraria!

A Medalha Cruz de Valor Maria Pérola Sodré pode ser concedida mais de uma vez à mesma pessoa, permitindo o uso simultâneo de todas as condecorações recebidas.

Mais do que um reconhecimento pelas ações de seus recipientes, essa honraria mantém vivo o legado de uma mulher fundamental para a história do Escotismo no Brasil. Cada condecoração representa a continuidade de sua dedicação, liderança e impacto, ecoando além do presente.

Se há um caminho a ser trilhado, que seja o da coragem e do compromisso! Ao receber essa medalha, você demonstra com orgulho que está seguindo os passos de alguém que salvou e inspirou inúmeras vidas com suas virtudes e conhecimentos.

Quer saber como conquistar a sua?

Confira todos os detalhes no Manual de Reconhecimento e Condecoração!


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Como ser Escoteiro com a Nautika: Checklist essencial para aventureiros

O Escotismo é um movimento secular e repleto de experiências e características únicas, mas, apesar disso, muitas pessoas fora do movimento ainda veem apenas a ponta do iceberg que o Movimento é… Porém, temos que ser realistas: essa é a parte que atrai os jovens para o movimento! 

O fundador do Escotismo, Robert Baden-Powell, usou a palavra “escoteiro” porque ela significava — de maneira genérica — o mesmo que: explorador, montanhista, mateiro, guia, navegante, descobridor, pesquisador e todo aquele que “vai à frente” para descobrir caminhos. Mas além de tudo isso, o escoteiro também é aquele que:

  • vive aventuras com os amigos;
  • aprecia a vida ao ar livre;
  • explorar novos lugares;
  • acampa;
  • conhece pessoas diferentes e aprende com elas;
  • ajuda as pessoas;
  • está disposto a aprender coisas novas;
  • deseja ser melhor a cada dia!

Mas para conseguir fazer tudo isso é necessário contar com equipamentos de qualidade, de barracas que se erguem como fortalezas contra o vento e a chuva, aos sacos de dormir que vão embalar seu sono na natureza, a NTK é uma aliada na busca por aventuras inesquecíveis! Com eles você encontra absolutamente tudo que for necessário para atividades ao ar livre.

Compartilhando o compromisso com a aventura, os Escoteiros do Brasil e a NTK montaram esse breve checklist do essencial para você se divertir em trilhas e acampamentos sem (tantos) perrengues! Veja abaixo!

No Escotismo, cada aventura é uma oportunidade para crescer, explorar e construir memórias que ficarão para sempre. E para que cada experiência ao ar livre seja vivida ao máximo, estar bem preparado faz toda a diferença. Por isso, conte com o apoio da NTK para encontrar o que você precisa para embarcar nessa jornada com segurança e praticidade. 

Agora, é só conferir o checklist, preparar a mochila e seguir em frente — a próxima grande aventura já está à sua espera!


Essa parceria é fruto do projeto Empresa Amiga, para saber como sua empresa pode participar, clique aqui!

10 Escoteiros famosos na história

Durante a juventude, sempre temos aquele ídolo que olhamos e pensamos: “quero ser como ele!”. Famosos que vão de cientistas a chefes de Estado, de estrelas do cinema e da música a atletas, sempre há alguém que nos inspira. O que muita gente não sabe é que vários desses nomes começaram sua trajetória no escotismo! 

As experiências vividas no movimento escoteiro—seja em aventuras ao ar livre, desafios em equipe ou projetos comunitários—ajudaram a moldar grandes personalidades que marcaram a história. Conheça 10 escoteiros que foram além do lenço e deixaram sua marca no mundo!

1. Martin Luther King Jr.: antes de ser eternizado na história como um dos maiores símbolos da luta pelos direitos civis e da igualdade racial com seu icônico discurso “Eu Tenho um Sonho”, MLK já liderava serviços ao próximo no escotismo, valores que levaria para toda a vida.

2. Angela Davis: outra importante figura pelos direitos civis e igualdade racial, ela atribui grande parte de seu engajamento político à sua experiência nas Girl Scouts. Como escoteira, participou de protestos contra a segregação racial em Birmingham.

3. Taylor Swift: uma das maiores estrelas do pop e vencedora de vários Grammys, foi membro das Girl Scouts na infância. Ela não esqueceu suas raízes e em 2018 distribuiu ingressos gratuitos para seu Reputation Tour a tropas de escoteiras de Connecticut.

4. Paul McCartney: um dos maiores ícones da história da música, era um escoteiro tão dedicado que perdeu seu primeiro show com os Quarrymen (banda que tinha com John Lennon antes dos The Beatles) porque tinha uma reunião de sua tropa de escoteiros naquela noite. Em entrevistas, já disse que seu tempo de escoteiro inspirou as músicas “Eleanor Rigby”, “That Was Me”, “Mother Nature’s Son” e “Blackbird”.

5. Bill Gates: famoso por cofundar a Microsoft e por sua filantropia, relembrou sua experiência no Escotismo ao receber o Silver Buffalo Award em 2010, ele disse que “não era bom em caminhadas nem em cozinhar, mas o desafio de me superar foi o mais importante.”

6. Harrison Ford: o eterno Indiana Jones e Han Solo, foi um escoteiro dedicado e alcançou o título de Life Scout, a 2ª maior condecoração dos Boy Scouts of America! Suas habilidades de escoteiro e aviador o ajudaram a resgatar algumas pessoas, incluindo um escoteiro chamado Cody Clawson, presos em florestas ou trilhas.

7. Mayra Aguiar: a atleta judoca nascida em Porto Alegre, tricampeã mundial em 2014, 2017 e 2022, e campeã pan-americana de 2019 e 1ª atleta feminina brasileira a ganhar uma medalha no Judô e também por conquistar três medalhas olímpicas em uma modalidade individual! Ela foi escoteira no Grupo Escoteiro Charruas, 003/RS.

8. Carrie Fisher: Coincidentemente, a parceira romântica de Han Solo em Star Wars, a Princesa Leia (ou General Organa, para as novas gerações), também foi interpretada por uma escoteira! A atriz foi escoteira na infância e, ao longo da vida, lutou pela desestigmatização da saúde mental, recebendo o Prêmio de Realização Vitalícia em Humanismo Cultural de Harvard em 2016. Sua mãe, Debbie Reynolds, também foi escoteira e líder das Girl Scouts.

9. Leandro Hassum: um dos maiores nomes do humor brasileiro, é ator, comediante, roteirista, produtor, apresentador e dublador, mas sua trajetória vai além dos palcos e das telinhas. Antes de conquistar o público com seu carisma e talento, Leandro foi escoteiro, experiência que ele sempre faz questão de ressaltar como uma parte importante de sua formação pessoal. Foi essa vivência que inspirou sua criação do personagem “Suzano”, na série “B.O”

10. Sabrina Sato: a multifacetada apresentadora, atriz, modelo, empresária, influenciadora digital e um dos grandes ícones do Carnaval brasileiro (como rainha de bateria de várias escolas de samba), também tem em seu currículo uma passagem marcante pelo Movimento Escoteiro! Sem dúvida, os princípios do Escotismo ajudaram ela a se tornar uma das figuras mais carismáticas do Brasil.

Esses escoteiros famosos mostram como o escotismo pode influenciar a vida de maneiras inesperadas. As experiências e valores que adquiriram no Movimento impactaram suas trajetórias, seja em ter a coragem necessária para enfrentar grandes desafios ou em inovar em suas áreas de atuação.

Caso você esteja curioso, pode algumas listas:

Quer saber mais sobre outros escoteiros famosos na história?

Fique de olho aqui e em nossas redes sociais. 

FAQ: 5 perguntas que todo mundo faz sobre escotismo

O escotismo é o maior movimento juvenil e de educação não-formal do mundo, presente em mais de 170 países e impactando milhões de crianças, jovens e adultos por gerações desde sua criação em 1907. Com mais de um século de história, segue despertando curiosidade e, claro, gera muitas perguntas! Afinal, como funciona? Quem pode participar? Precisa saber acampar? 

Se você já teve essas ou outras dúvidas, chegou ao lugar certo! Aqui, respondemos às perguntas mais comuns sobre o Escotismo e desvendamos mitos que muita gente ainda acredita.

O que um escoteiro faz?

Na verdade, é mais fácil responder: o que um escoteiro não faz?  Isso porque além de estar sempre disposto a ajudar o próximo, Robert Baden-Powell usou a palavra “escoteiro” por ser uma maneira genérica a se referir a explorador, montanhista, mateiro, navegante, guia, pesquisador e todo aquele que “vai à frente” para abrir caminho aos demais… E fazem tudo isso até hoje? Sim! Mas (obviamente) você quer saber como. Por isso, vamos descrever algumas das atividades que os escoteiros fazem:

  • Aventuras ao ar livre: acampamentos, trilhas, navegação, orientação com mapas e bússolas, e também aeromodelismo!
  • Habilidades manuais e desafios técnicos: nós e amarras, construções rústicas e uso de ferramentas, pioneirias (atividades e conhecimentos para construção de diversas ferramentas, objetos e itens que podem ajudar em acampamentos… Ou para fazer você virar o próximo MacGyver!)
  • Sobrevivência e primeiros socorros: aprendizado de técnicas essenciais para lidar com emergências.
  • Trabalho em equipe: você estará inserido em um pequeno grupo que viverá suas aventuras coletivamente e será parte de uma Fraternidade Mundial de Escoteiros.
  • Atividades divertidas:  jogos, desafios, esportes e afins, tudo isso enquanto você compartilha essas experiências com outros escoteiros.
  • Projetos comunitários: ações sociais, campanhas ambientais e voluntariado.
  • Trocas culturais: além de todas as atividades citadas anteriormente, há diversos eventos onde se pode conhecer pessoas de diferentes locais e culturas.
  • Desenvolvimento de liderança: tomada de decisões, organização de eventos e trabalho em equipe.

O Método Educativo Escoteiro é um sistema de autoeducação progressiva, complementar à família e à escola, baseado na interação de diversos componentes articulados entre si, em que muitos derivam dos valores escoteiros.

Precisa saber acampar?

Não! Acampamentos são apenas uma parte do Escotismo. 

O Movimento envolve muitas outras atividades, como jogos, projetos comunitários, desafios de sobrevivência, tecnologia, e até mesmo arte. O importante é estar sempre aprendendo e ter o foco de construir um futuro e um mundo melhor.

É só sobre acampar e fazer nó?

Não, o Escotismo é muito mais do que apenas acampar e fazer nós! 

Embora acampamentos e atividades ao ar livre sejam uma parte importante, como tratamos acima, o Movimento envolve uma ampla gama de atividades (como jogos, projetos comunitários, desafios de sobrevivência, tecnologia) que te convida a aprender novas habilidades, explorar novos lugares e compartilhar experiências com outras pessoas — uma forma divertida de descobrir realidades diferentes e criar amizades para toda a vida! O importante é sempre estar em busca de uma versão melhor do mundo e de si mesmo.

Quem pode participar?

Todos!

O Escotismo é um movimento feito por jovens e para jovens, mas a presença dos adultos nos ajuda a garantir um ambiente mais seguro para todos. Sendo assim, não tem idade e, a partir dos 5 anos, qualquer pessoa é bem-vinda, não importando a cor, etnia, orientação sexual ou credo.

Os Escoteiros do Brasil são divididos em Ramos, que reúnem os jovens de acordo com a  faixa etária e nível de desenvolvimento individual. São eles: 

  • Ramo Filhotes: crianças de 5 e 6 anos que queiram descobrir o mundo brincando, em família e com amigos.
  • Ramo Lobinho: crianças de 6,5 até 10 anos que tenham energia para brincar e aprender coisas, coletivamente, com os amigos na Alcateia.
  • Ramo Escoteiro: crianças e adolescentes de 11 até 14 anos que queiram descobrir novos territórios e experiências com um grupo de amigos.
  • Ramo Sênior: adolescentes e jovens de 15 até 17 anos que estejam preparados para viver aventuras e superar desafios.
  • Ramo Pioneiro: jovens de 18 até 22 anos que desejem explorar o mundo e ampliar horizontes.

Além disso, a partir dos 18 anos, qualquer pessoa pode atuar como adulto voluntário, sem limite máximo de idade. Para isso, basta ter disponibilidade nos dias de atividade e poder dedicar-se ao preparo das atividades, adorar o contato com a natureza, com crianças, adolescentes e jovens e compartilhar de nossos Princípios e Valores. 

Quanto custa ser Escoteiro?

As taxas podem variar dependendo do grupo e da região. Normalmente, elas são divididas em algumas categorias principais:

  • Taxa de Registro Nacional: Valor pago anualmente para a União dos Escoteiros do Brasil, que cobre o registro associativo, o seguro e acesso às atividades. Esses valores são fixados anualmente, sendo R$86,00 no ano de 2025.
  • Taxa individual dos Grupos Escoteiros: Cada grupo pode definir uma taxa para cobrir despesas operacionais, manutenção da sede, materiais para atividades e outros custos internos. Essa taxa pode ser mensal, trimestral ou anual. Os valores variam de R$10,00 à R$70,00 reais mensais.
  • Taxas de Atividades: Algumas atividades específicas, como acampamentos, cursos e eventos regionais ou nacionais, têm custos adicionais, cobrados individualmente, de acordo com a participação. Geralmente um acampamento de final de semana, com alimentação, tem um custo entre R$50,00 e R$100,00 reais.

Vale lembrar que a proposta é que os jovens viabilizem financeiramente as atividades através de projetos financeiros, com apoio de seus familiares, seu grupo escoteiro, possibilitando assim a participação de todos nas atividades propostas por eles.

Os Escoteiros do Brasil possuem políticas de isenção, veja mais sobre aqui. Caso ainda esteja com dúvidas, confira essa possibilidade com a sua Unidade Escoteira Local.

Todo escoteiro já foi alguém com muitas perguntas sobre o Movimento!
24° Jamboree Mundial Escoteiro, Summit Bechtel Reserve, West Virginia, Estados Unidos. // Gabriel Rodrigues

Se você quer participar de um universo rico e repleto de aventuras e desafios, onde sempre há algo novo para explorar e aprender com a convivência em equipe, você será mais do que bem-vindo no Escotismo! 

Caso ainda restarem dúvidas, confira nossa página oficial de FAQ — sua pergunta pode já ter sido respondida por lá! Se não encontrar a resposta que procura, entre em contato conosco através de nossos canais oficiais:

Telefones: (41) 3353-4732 ou 0800 001 2016 

WhatsApp: (41) 3090-7931

E-mail: [email protected] 

De onde surgiu o estereótipo de escoteiros venderem biscoito?

Se cada escoteiro recebesse um real cada vez que ouviu “mas vocês vendem biscoito?” provavelmente já teríamos muitos milionários entre nós. E embora muitos ainda revirem os olhos ao responder à pergunta, você sabe dizer o porquê esse estereótipo ficou tão forte no imaginário popular?

Girl Scouts mostrando sua barraca de venda de biscoitos em 1960 - Crédito: Girl Scouts of America
Girl Scouts mostrando sua barraca de venda de cookies em 1960 – Crédito: Girl Scouts of America

Essa história começa em 1917, cinco anos após Juliette Gordon Low fundar as Girl Scouts nos Estados Unidos, para financiar as atividades das tropas. A tropa Mistletoe — de Oklahoma — assou biscoitos e os vendeu na cantina de sua escola. Essa iniciativa deu tão certo que na década de 20 já tinha conquistado todos os EUA: isso porque em 1922, a revista The American Girl, publicada pelas Girl Scouts dos EUA, compartilhou uma receita e sugestão de preço de venda.

Nos anos 1930, transformaram essa venda em uma estratégia de marketing e arrecadação de fundos oficial, produzindo em grande escala. Esse cenário mudou durante os anos 40, devido à escassez de ingredientes causada pela Segunda Guerra Mundial e só voltou ao normal no final da década. As bolachas já haviam atingido outro patamar como negócio no início dos anos 50, e, com o crescimento dos subúrbios na América do pós-guerra, as meninas começaram a vendê-los em mesas montadas em shoppings (e é justamente daqui que vem aquelas cenas bem típicas que vimos em muitos filmes e séries). E a história continua até hoje!

Veja aqui a linha do tempo completa da história no site oficial das Girl Scouts

Mas nem tudo são flores, pois essa iniciativa também trouxe algumas pré-concepções bem equivocadas ao longo do tempo: para conseguir bater suas metas de vendas, algumas pessoas consideravam as Girls Scouts insistentes e incisivas demais em sua abordagem, refletindo isso em filmes, séries, desenhos animados, quadrinhos… E consumindo esse tipo de conteúdo desde meados dos anos 30, é inevitável que esses estereótipos acabassem gravados em nossa memória e no imaginário coletivo.

Escoteiras da Girl Scouts vendendo seus biscoitos - Créditos: foto de Bob Pritchard, para Sun Times in 1960
Girl Scouts vendendo seus cookies- Créditos: foto de Bob Pritchard, para Sun Times in 1960

E por que essa pergunta do biscoito ainda é tão frequente mesmo aqui, na outra ponta do continente?

As Girl Scouts dos EUA têm mais de 100 anos de tradição com seus icônicos biscoitos—e, ao longo desse século, o entretenimento americano ajudou a eternizar essa imagem. Essa prática se popularizou nos EUA, porém não é uma prática realizada por escoteiras (ou escoteiros), principalmente em outros países.

Porém, devido à forte influência da mídia americana, é fácil (e esperado) que quem nunca teve contato com Escotismo acabe assimilando essa prática com o Movimento e reforçando esses estereótipos. Agora que você sabe a história, já está pronto para responder o porquê escoteiros não vendem biscoitos.

E no Brasil, como os Escoteiros ganham dinheiro para seus grupos e atividades?

Aqui no Brasil, dificilmente você verá escoteiros fazendo venda de porta-em-porta; por não ser algo cultural nosso, sendo mais comum organizar um evento ou encontro em casa para esse fim, mas também para a segurança de quem está vendendo.

A arrecadação de fundos são descentralizadas, sendo iniciativa de cada Unidade Escoteira Local. Mas dentre as mais populares (e eficazes) estão:

  • Bazares: sejam roupas, sapatos, artigos de decoração e outras infinidades de artigos usados, mas que estejam em boas condições. Os bazares são ótimos para a sustentabilidade e economia, fazendo com que algo que não sirva mais para um seja extremamente útil para outro, além de trazer o lucro desejado.
  • Artesanatos: nada melhor que unir talentos para trazer suas artes (e recursos) para dentro da sua UEL. Essa ação apoia o Movimento e os microempreendedores — muitas vezes sendo um grupo de mães dos Escoteiros — que expõe seus trabalhos, seja presencialmente ou online (por marketplace ou outra plataforma de compras e vendas).
  • Bingo: é um dos jogos mais conhecidos do Brasil, e já popularizado por diversos bazares e eventos. Além de divertido, é uma ótima oportunidade para arrecadar recursos e deixar alguns sortudos felizes com os prêmios.
  • Rifa: também muito popular em todo país, as rifas podem ser feitas online ou por meio de bloquinhos; ofereça um prêmio bacana para fazer com que sua rifa venda mais.
  • Venda de alimentos: são uma das melhores formas de arrecadar fundos! Ofereça dias temáticos (como “Dia do Hambúrguer”, “Tarde do Pastel”, “Festa do Sorvete”, dentro outros) e convide seus amigos e familiares para participar. Lembre-se que lidar com comida exige uma série de cuidados, então veja aqui a cartilha da ANVISA de boas práticas com alimentos.

Os Escoteiros do Brasil reuniu diversos documentos sobre arrecadação de fundos neste link, assim, fica mais fácil de fazer um planejamento financeiro para alcançar seus objetivos. Por exemplo: sua UEL quer arrecadar verba para custear a alimentação ou parte da inscrição de sua tropa em algum evento — aqui você já tem uma data limite (dia do evento ou dia de encerramento de inscrições) e um valor estimado como objetivo; dessa forma, podem planejar eventos, rifas e afins para conseguir atingir (ou até dobrar) essa meta. 

Com tudo isso finalizado, você já sabe responder o porquê os cookies de escoteiros não são vendidos aqui no Brasil e, finalmente, podemos ir em direção a debates mais importantes, como: o certo é biscoito ou é bolacha? 

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