Escoteiros Notáveis - A - Escoteiros do Brasil
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Escoteiros Notáveis – A

Adalto de Menezes

Padre. Fundador do 8º RJ Francisco de Assis, 15º RJ Martim Afonso e 49º RJ João Brazil.

Adelk Bistão

Salto, SP 26/7/1929 —

Era um homem íntegro, extremamente dedicado ao escotismo, possuindo vários atributos em comum com Baden-Powell: estudioso, bom orador e desenhista, além de bom animador de Fogo de Conselho. Foi Chefe de Grupo, Comissário Distrital, Assistente Regional do Ramo Escoteiro e Comissário Regional de São Paulo em 1961 e 1963. Assinava sua correspondência escoteira como “Falcão Peregrino”. Ingressou no Movimento Escoteiro como Pioneiro no Grupo Padre Eustáquio em 1948, em São Miguel Paulista, onde morava. Participou dos Grupos Escoteiros Carijós, São Paulo, Parecís, Nitroquímica (com o nome da empresa onde trabalhava seu pai em São Miguel Paulista), Coopercotia, juntamente com Kaol Sugimoto e Padre Aleixo. Participou como aluno do Curso Avançado Escoteiro em 1955, do 3º Curso de Insígnia de Madeira e do Training The Team em Porto Alegre, RS, em 1960. Foi aos EUA participar do Curso para Executivos Escoteiros na BSA Shiff Scouts Reservation e outro Curso na Boy Scouts of América em 1964. Foi Diretor de Curso Avançado, tendo dirigido seu primeiro Curso de IM em Rio Claro, SP. Participou ainda de vários Acampamentos Regionais de Patrulha, Ajuris Nacionais e Jamborees Pan Americano e Mundial, além de Conselhos Regionais e Nacionais como Conselheiro Nacional e Delegado por São Paulo por vários anos. Foi Executivo Regional voluntário da Região de São Paulo por muitos anos, trabalhando no Escritório Regional nos baixos do viaduto à Rua Frederico Alvarenga, 33, Rangel Pestana. Só poderia ficar até as 22:30 h, pois o último trem para São Miguel saía às 23:00 h. No Grupo Escoteiro Padre Aleixo, conheceu o escotista Ailton Carlos Santos que mais tarde, juntamente com os escotistas Fernando D. Silva e Joana Inácio da Costa Abrão, fundaria o Grupo Escoteiro Adelck Bistão em 5/9/1992. O Grupo Padrinho foi o Falcão Peregrino, onde participava o amigo Kaol Sugimoto, que esteve presente na fundação e realizou a cerimônia de promessa dos fundadores do Grupo. Adelck Bistão recebeu as medalhas Gratidão Grau Ouro em 1964, Bons Serviços Prata e Cruz de São Jorge em 1962, Tiradentes em 1966 e a Ordem do Falcão de Prata dos Escoteiros do Japão.

Aldo Chiorato

Campinas, SP – 5/10/1922 — 18/9/1932

Escoteiro brasileiro morto durante um dos bombardeios causados pela então Aviação Federal do Brasil, na Revolução Constitucionalista de 1932.

Era escoteiro da Comissão Regional de Campinas e agregado à Cruzada Escoteira Pró-Constituição. Foi incorporado nas tropas paulistas, como mensageiro requisitado pelo Coronel Mário Rangel. Morreu aos 9 anos pela manhã, durante um dos bombardeios estratégicos comandado pelo major-aviador Eduardo Gomes pelas Forças Armadas Brasileiras. Ele foi atingido por treze estilhaços de granada lançada por aviões adversários que bombardearam Campinas em 18/9/1932, ferindo-o mortalmente.

Os restos mortais de Aldo repousam hoje no Mausoléu Constitucionalista, ao lado de outros tantos heróis dessa epopeia, como a única criança a receber tal homenagem. 

Alex Kipman

Curitiba, 1979  —

Cientista brasileiro que começou a fazer programações para computadores aos 10 anos de idade. Foi criador das tecnologias Kinect e Hololens para a Microsoft.

Altamiro Villena

Médico atuante nas comunidades indígenas do Alto Amazonas. Relata as curiosidades encontradas em blogs. Co-autor das tiras em quadrinhos “O Balaio Quadrado”, relatando aventuras cômicas em aldeias indígenas, e da Mochileira, ambos juntamente com Roberto Basso. Mensalmente, eles relatam histórias sobre Escotismo. Altamiro é pesquisador sobre escotismo e autor de um trabalho sobre as Insígnias de Madeira no Rio de Janeiro.

Álvaro Tavares Gomes de Souza

29/7/1923 —

Entrou no Movimento Escoteiro como Pioneiro da Associação de Escoteiros Azambuja Neves, no Rio de Janeiro, RJ, fazendo a sua Promessa em 30/10/1942 e, em 1943, foi Sub-Chefe de Tropa. Em 1944 participou dos exercícios de Defesa Passiva no Rio de Janeiro durante a Segunda Grande Guerra e, na Associação, se tornou Chefe de Tropa. Dois anos após, foi 2º Secretário da Federação Carioca de Escoteiros quando João Fernandes Brito era o 1º Secretário. Em 1948, participou da fundação do CICAPI — Círculo Carioca de Pioneiros, dirigido por Gabriel Skinner. Em 1951 passou a residir em Nova Friburgo, RJ, colaborando com o Movimento local, e em 1955 passou a residir em São Paulo, SP, ingressando-se no Grupo Escoteiro Tuiucuê como Chefe de Tropa. Logo, foi convidado a colaborar com o Escotismo em São Bernardo do Campo, assumindo a direção do GE Guaianazes, onde permaneceu até 1964. Em 1958 foi nomeado Assistente Geral do Comissário do 4º Distrito Escoteiro para no ano seguinte se tornar o Comissário até 1963, além de se tornar membro da Comissão do Censo Escoteiro e de organizar e dirigir a Campanha do Selo do Sanatório de Mandaqui. Em 1960, fundou o GE Tumucumaque, na Serra do Navio em Amapá. Recebeu a Insígnia de Madeira do Ramo Lobinho em 1961 e de 1963 até 1964 foi assistente do Comissário Executivo Regional no Serviço Profissional da Região de São Paulo. Daí, passou a colaborar voluntariamente, com grande influência, no Escotismo do Paraná e de Santa Catarina. Em 1962 se tornou membro da Equipe Nacional de Adestramento como Assistente de Akela-Líder. Em 1963 veio a ser Assistente da Comissão Executiva Regional até 1964, quando representou a Região de São Paulo no Movimento de 1964. No ano seguinte, dirigiu o Primeiro Curso para Chefes de Alcateia em Curitiba, PR. Em 1968 fundou o GE Acácia, no Lar da Criança Feliz em Taboão da Serra e entre 1970 e 1991 foi Presidente do Conselho do GE Tiradentes. Em 1979 se tornou Conselheiro Regional pelo Escotismo e entre 1982 e 1994 foi Assistente Regional de Condecorações e Recompensas. Em 1985 foi eleito Presidente do Conselho Distrital do 5º Distrito Escoteiro e, ainda, Comissário Regional, tudo no estado de São Paulo. Em 1986 foi nomeado Presidente da Comissão Jurídica Regional e, no ano seguinte, Presidente da Comissão de Ética Regional, o que voltaria a ser em 2005. Em 1994 veio a ser Presidente da Comissão Fiscal Regional e Assessor Jurídico do Diretor Presidente da Região. Em 1997 ocupou o cargo de Coordenador da Comissão de Revisão do Regulamento Regional. Em 2000 retornou ao posto de Presidente da Comissão Fiscal Regional. Em 2002 foi eleito como Suplente da Comissão de Ética Nacional. Em 2006 se tornou Vice-presidente da Região de São Paulo e em 1/12/2011 assumiu o cargo de Presidente da Região em face do falecimento do chefe Carlos Battisti.

Como aluno, participou do Curso Básico, no Rio de Janeiro, em 1942, dirigido por João Ribeiro dos Santos e Geraldo Hugo Nunes e em 1958 fez o Curso Avançado para Chefes de Alcateia em São Paulo. No mesmo estado, em 1961, participou do Curso de Adestramento para Comissários, e em 1963 fez o Curso para Comissário Distrital, Curso para Chefes de Grupo e, em Porto Alegre, RS, no mesmo ano, participou o Curso Avançado para Chefes de Tropa. Em 1964 fez o Curso de Comissários Executivos Profissionais no Schif Scout Reservation em Mendhan, Nova Jérsei, Estados Unidos.

Participou do Acampamento Regional de Patrulhas no Rio de Janeiro (1946), Acampamento Internacional de Patrulhas em Buenos Aires, Argentina (1961), do Acampamento Regional de Patrulhas em Porto Alegre, RS e do Acampamento Regional do Rio de Janeiro (ambos em 1963), da Reunião do Conselho Regional em Curitiba, PR (1964) e das Reuniões do Conselho Nacional em Porto Alegre, RS (1969), Teresópolis, RJ (1970), Rio de Janeiro, RJ (1971), São Paulo, SP (1990), São Bernardo do Campo, SP (1991), Rio de Janeiro, RJ (1992), Canela, RS (1996), Brasília, DF (1997), Fortaleza, CE (1998), Foz do Iguaçu, PR (1999), Guarapari, ES (2000), Natal, RN (2001) e Juiz de Fora, MG (2002). Ainda, participou do Ajuri Nacional no Sítio Cemucan, em São Paulo, em 1985, do Seminário de Reciclagem em Santos, SP, em 1992 e do Acampamento Internacional de Patrulhas em Barretos, SP, em 1994.

Proferiu a palestra “Escotismo na Prevenção da Criminalidade” no Primeiro Simpósio Internacional da Iniciativa Privada para a Prevenção da Criminalidade em 2000. Em 2002 apresentou proposta para a criação da Medalha “Velho Lobo” para membros que completem 50 anos de bons serviços ao Movimento Escoteiro e em 2003 firmou um convênio de parceria de colaboração entre a Região Escoteira de São Paulo e a Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo.

Em 1964 foi condecorado com a Medalha de Bons Serviços grau Ouro e em 1974 recebeu o Diploma do Cinquentenário de Fundação da União dos Escoteiros do Brasil. Em 1985 recebeu 4 barras de ouro alusivas ao seu tempo no Escotismo e um diploma do GE Tabapuã em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao Grupo mais uma Menção Honrosa do GE Anchieta. Em 1986 lhe foi outorgada a Medalha Tiradentes e, em 1992, a Medalha de Gratidão grau Ouro. Em 1994 recebeu um diploma de agradecimento por serviços prestados no AIP de Barretos e em 1998 foi agraciado com a Medalha Tapir de Prata em Fortaleza, CE. Em 2004 ganhou a Medalha Velho Lobo na comemoração do 80º aniversário  da União dos Escoteiros  do Brasil na Assembleia Legislativa de São Paulo e em 2006 conquistou o Prêmio Escotista Mario Covas Junior de Ação  Voluntária, recebida na Câmara Municipal  de São Paulo, na comemoração do Dia do Escoteiro, e, em 28 de julho, ganhou a Medalha do Cinquentenário das Forças Internacionais de  Paz da ONU no 22º Batalhão de Logística Leve em Barueri, SP. Em março de 2012 recebeu a medalha  “Lobo Guará”.

André Pereira Leite

— 8/11/2016

Engenheiro e empresário. Diretor Nacional de Adestramento e Escoteiro-Chefe Nacional. Possuía o título de Adestrador Emérito.

Antônio Boulanger Uchoa Ribeiro

Escoteiro do Mar. Notabilizou-se pela biografia de Baden-Powell, no livro “O Chapelão” e pela história da União dos Escoteiros do Brasil em “A União”. Também foi autor de “Em Meus Sonhos, Volto Sempre a Gilwell”, sobre a Insígnia de Madeira e presidiu o Centro Cultural do Movimento Escoteiro.

Antônio Carlos Hoff

Escotista gaúcho, recebeu o Tapir de Prata. Esteve na vanguarda de um Movimento Escoteiro com atuação menos amadorística e mais profissional. Autor de vários livros sobre o Movimento Escoteiro, como “Para que Não se dê por Passado — O escotismo gaúcho de 1968 a 1982”, foi representante do Escotismo ante o governo do Rio Grande do Sul e chefiou diversas delegações brasileiras a Jamborees.

Foi capa do livro “Os Dirigentes Adultos no Movimento Escoteiro”.

Antônio César de Oliveira

Dirigente Goiano.

Antônio Ribeiro de Jesus

Fundador de três Grupos Escoteiros, ainda ativos, em Niterói, RJ. Entre esses, o 15º RJ Martin Afonso, na sede do Estádio Caio Martins. Fundou, também, o 6º DF Caio Martins — antes GE John Kennedy — em 1966, em Brasília, DF.

Ayrton Álvares Pinheiro Bittencourt (“Padre Bitenca”)

Pirassununga, SP – 24/4/1924 — São Leopoldo, RS – 30/5/2004

Mudou-se jovem com seus pais para Porto Alegre, RS, e se ingressou na Companhia de Jesus (SJ) em 2/3/1942 e emitiu os primeiros votos em 5/3/1944, em Pareci Novo, RS, onde fez também o Juniorado (1944-45) para, em seguida, cursar Filosofia e Teologia no colégio Cristo Rei em São Leopoldo, RS. Fez o Magistério no Colégio Anchieta, em Porto Alegre, RS, e recebeu a ordenação sacerdotal em 3/12/1954. Emitiu os últimos votos em 15/8/58, na Festa da Assunção da Virgem Maria. Na Companhia de Jesus, dedicou-se principalmente a lecionar Matemática, Álgebra e, de modo especial, Trigonometria. Lecionou no Colégio Catarinense, Florianópolis, SC em 1957. Em seguida, exerceu o magistério no Colégio Anchieta e, em 1959, foi superior, diretor e professor no Colégio Medianeira em Curitiba, PR.

Formado em Pedagogia, desempenhou por longos anos o cargo de Assistente de Direção do Colégio Anchieta. Nesse mesmo colégio, lecionou também Desenho. Aproveitou sua habilidade nessa arte para ilustrar diversas publicações. Dono de temperamento esportivo, exerceu o cargo de técnico de futebol do Colégio Anchieta. Em 1960, treinou o time campeão intercolegial de futebol de salão de Porto Alegre. Nesse mesmo ramo, foi Capelão do Esporte Clube Internacional de Porto Alegre, “animando espiritualmente jogadores, dirigentes e associados”, segundo lhe escreveu certa feita seu Provincial. Entre 1985 e 1988, Pe. Ayrton atuou como Secretário da Província, e a seguir como Superior da Cúria Provincial (1988- 1998). Em 1982, auxiliava o Ecônomo Provincial na questão do INPS. Nos fins de semana colaborava na Paróquia São Sebastião, Bairro Petrópolis em Porto Alegre, RS. Desde 1999, até encerrar a carreira terrestre, residia na Casa de Saúde em São Leopoldo, RS. Por ocasião do seu Jubileu de Ouro de Companhia, o Padre Geral lhe escreveu, entre outras coisas: “Fiel no cumprimento do dever, o senhor procurou, em todas as ocasiões, e especialmente nas salas de aula e nos acampamentos pascais de Vila Oliva e dos Jamborees, exercitar a caridade para com todos. Ao longo de todos esses anos de serviço dedicando, a sua presença foi sempre marcada pela serenidade e pela transparência de sua vida interior de fé e de oração. Através de sua bondade e cortesia, e de seu zelo pela realização do plano do Pai, no Espírito de Jesus, tornou-se um instrumento para a comunicação da graça divina a muitos jovens que passaram pelas suas mãos”. Ao celebrar a Santíssima Eucaristia nos acampamentos, repetia muitas vezes o que São Paulo escreveu a seu discípulo Timóteo: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o Senhor, justo juiz, naquele Dia” (2TM 4,7-8). 

A partir de 1960, retornou ao Colégio Anchieta onde atuou por dezessete anos como professor e por mais de vinte e cinco anos como Assistente do Grupo Escoteiro Manoel da Nóbrega – 7º RS e da Região do Rio Grande do Sul. Para desempenhar devidamente essas funções, fez todos os cursos de chefe da associação escoteira. Dessa atividade com os escoteiros nasceram diversas vocações religioso-sacerdotais. Em 1978, assumiu também a função de Assistente Religioso Católico Nacional da União dos Escoteiros do Brasil, coordenando vários cultos ecumênicos nas grandes atividades nacionais e regionais.

Foi Diretor de Cursos Escoteiros. Participou do 3º Curso de Insígnia de Madeira entre 1 e 8/2/1969 em Santo Amaro, SP, dirigido por Eugen Emil Pfister tendo como Assistentes Moacyr Mallemont Rabelo Filho e Carmen Pfister, entre outros.

Enfim, Padre Ayrton, conhecido carinhosamente como “Bitenca”, concretizou na vida o lema do escotismo: “Sempre alerta para servir”, faleceu na Casa de Saúde dos jesuítas depois de ter alcançado a idade de 80 anos. Por ocasião dos seus funerais, no Santuário do Coração de Jesus e no Cemitério, em São Leopoldo, RS, o Grupo Escoteiro Manoel da Nóbrega lhe prestou uma significativa homenagem com realização de Missa Escoteira elaborada pelo próprio Pe. Bitencourt, com o corpo presente no altar, cadeia da fraternidade escoteira ao redor dele, com o entoar da “Canção da Despedida” no final da Missa que foi encerrada com um “Sempre Alerta” ao chefe Bitenca. No enterro, os escoteiros baixaram o caixão à sepultura e se despediram com um “Sempre Alerta” ao chefe que partia para o Grande Acampamento.

Foi homenageado pela Prefeitura de Porto Alegre, que através da Lei Nº 10.073, de 23 de outubro de 2006, deu o seu nome a uma rua do Bairro Hípica desta cidade.

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