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3° Prêmio Escoteiros do Brasil de Educação reconhece ação com imigrantes e bom desempenho de escola pública em competições nacionais de matemática

15 abril 2019

Os Escoteiros do Brasil se alegram e têm prazer em anunciar os vencedores da 3° edição do Prêmio Escoteiros do Brasil de Educação. A iniciativa é um reconhecimento às indicações feitas pelos próprios associados dos Escoteiros do Brasil, sendo uma para uma instituição e uma para uma pessoa que tenha se destacado no campo da Educação, estando diretamente relacionada com o programa da ONU (Organização das Nações Unidas) para o campo da educação. A proposta é reconhecer esforços na promoção de educação, seja pela inovação ou pelo impacto sustentável na sociedade. Em 2019, os agraciados são Antonio Cardoso do Amaral, na categoria ‘Educador’, e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, na categoria ‘Instituição’.

Esta foi a terceira vez que a iniciativa dos Escoteiros do Brasil reconheceram ações do público geral, uma iniciativa da atual Diretoria Executiva Nacional. “Nós estabelecemos como objetivo da atual Diretoria de Relações Institucionais que fôssemos reconhecidos pela sociedade como uma instituição educacional de grande relevância. A tática era aproximar com quem promove educação no país e uma das ações foi reconhecer, através de um prêmio nacional, os educadores e instituições que tenham projetos ou programas voltados ao fortalecimento da educação, com ênfase nos ODS. Daí surgiu o prêmio”, como relatou Fred Santos, diretor-adjunto de Rel. Institucionais. “No primeiro ano resolvemos reconhecer post mortem os dois maiores educadores do Brasil, Paulo Freire e Anisio Teixeira. Mas já no ano seguinte começamos com o processo democrático de participação do associado com a indicação, e um júri técnico avaliando, antes da decisão final da DEN”, concluiu.

Nascido em Cocal dos Alves – PI, por meio da matemática, um projeto de quase duas décadas tem impactado positivamente a vida dos estudantes da escola Ensino Médio Augustinho Brandão, sob a batuta do professor Antonio e de outros professores do segundo grau. “Começamos um projeto grandioso nos anos 2000 sem um planejamento específico, tentando dar mais significado ao que ensinávamos dentro de sala de aula. Foi uma luta difícil porque Cocal dos Alves é um lugar pequeno e com poucas condições, também porque na época nossa experiência era pouca, visto que estávamos todos começando a carreira como professores”, contou Antonio. A partir de 2005 os professores passaram a inscrever os alunos em olimpíadas nacionais, como a OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), com o resultado já no primeiro ano sendo surpreendente. “Dos 24 alunos classificados pra fase final nossa escola teve 17 premiações. Considerando ser uma competição de nível nacional, fomos muito bem”, explicou.

Antonio ainda relatou que, daí pra frente, o incentivo de pais, poder púbico e gestão escolar fez com que cada vez mais os alunos quisessem participar, o que mudou a realidade do município. “Temos conseguido melhorar bastante a vida de muitos ex-estudantes e jovens daqui da cidade. Nos orgulhamos muitos em ter ex-alunos nas mais variadas profissões, inclusive em cargos municipais, e alguns seguiram na carreira acadêmica. Temos ex alunos que são professores na UFPI, na carreira de pesquisa, e tudo iniciou neste movimento de participar das competições. Hoje a escola é reconhecida por conta de todos estes resultados, e tida como uma das escolas de melhor desempenho no país”.

No outro canto do país, em Erechim-RS, a instituição premiada foi o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). O projeto ‘IFRS e práticas educativas com grupos de estrangeiros em Erechim’ teve como objetivo contribuir com a qualidade de vida dos imigrantes e refugiados por meio da educação e valorização dos indivíduos e da cultura, e uniu toda a comunidade acadêmica em torno do tema. Na prática, o projeto capacitou um grupo de 120 estrangeiros, senegaleses e haitianos, nas áreas de computação básica e costura, além do idioma português. Em 2018 o projeto foi reconhecido com o Prêmio Direitos Humanos, concedido pelo Ministério dos Direitos Humanos da Presidência da República.

Para Adriana Storti, professora e coordenadora do projeto, a ação foi gratificante e enriquecedora, beneficiando não só os estrangeiros mas a comunidade de Erechim. “Coordenar este projeto foi um aprendizado enorme, e uma satisfação enquanto professora, servidora e cidadã brasileira. Olhar para aspectos como os dos imigrantes no contexto atual podendo aliar a educação para contribuir para o convívio digno em nosso meio, para que eles possam trabalhar e conviver de forma mais justa, traz um retorno ainda maior para quem realiza”, comentou. “Ninguém gostaria de precisar sair do seu país, de perto de sua família para tentar uma vida melhor, mas é isto que está ocorrendo, não somente na nossa região. Valorizar os conhecimentos destes imigrantes, especialmente nas aulas de língua francesa foi também uma tarefa maravilhosa, com trocas de cultura e de respeito”, concluiu.

O Prêmio Escoteiros do Brasil de Educação será entregue aos vencedores durante a Sessão Solene do 25° Congresso Nacional Escoteiro, que acontecerá no dia 26 de abril em Brasília-DF.

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